O aparecimento de tártaro nos dentes, conhecido como “pedra”, é uma situação bastante comum na maioria das pessoas, embora a sua prevalência varie consideravelmente entre indivíduos e populações.
O tártaro surge como resultado da ação dos minerais presentes na saliva em contato com a placa bacteriana, uma película pegajosa e incolor que se forma na superfície dos dentes devido à acumulação de resíduos de açúcares e restos de alimentos.
A placa bacteriana pode ser facilmente removida através da escovagem regular. Contudo, se esta não for feita de forma consistente, a placa mineraliza-se em apenas algumas horas, endurecendo e aderindo aos dentes, formando assim o tártaro, uma substância de cor castanha-amarelada.
Embora o tártaro afete a maioria das pessoas, a sua formação é influenciada não apenas pela qualidade da higiene oral, mas também pela idade, saúde sistémica, dieta e etnia, existindo indivíduos com maior propensão para desenvolver este problema.
A importância da destartarização
Consequências do tártaro
Se o tártaro não for removido, acumula-se entre os dentes e a gengiva, provocando o recuo da mesma e estendendo-se para o osso abaixo da dentição.
O resultado, indesejável, pode ser o desenvolvimento de doenças periodontais. Estas, para além de causarem inflamações graves nas gengivas (acompanhadas por sangramento e mau hálito), afetam as estruturas de suporte dos dentes, tornando-os frouxos.
Além de danificar os dentes, o tártaro é também uma preocupação estética para muitas pessoas, devido à sua cor castanha-amarelada, assemelhando-se frequentemente a uma mancha generalizada nos dentes.
Para evitar este tipo de situações e garantir a manutenção de uma boa saúde oral, a destartarização realizada por um médico dentista é uma prática que deve ser efetuada regularmente.
Após a destartarização, as pessoas costumam ficar surpreendidas com a aparência dos seus dentes, que ficam visivelmente mais brancos. E o sorriso transforma-se imediatamente!…
Remoção
Ao contrário da placa bacteriana, cuja eliminação pode ser realizada facilmente com uma boa escova de dentes, o tártaro deve ser removido por um médico dentista, pois requer a utilização de instrumentos específicos e resistentes.
A destartarização é um procedimento simples, que envolve a raspagem e o polimento dos dentes. Permite eliminar a placa, o tártaro e as manchas. Embora esse não seja o seu objetivo principal, acaba por melhorar sempre a aparência dos dentes.
A frequência com que a destartarização deve ser realizada depende da saúde oral de cada pessoa e deve seguir as orientações do dentista. Muitos destes profissionais aconselham uma limpeza a cada seis meses.
Entre o grupo de pessoas que necessitam de uma destartarização mais frequente estão:
– As que têm a boca seca, muitas vezes devido a medicamentos ou ao envelhecimento;
– Pessoas com pouca destreza física para realizar uma escovagem completa dos dentes;
– Indivíduos com condições que os impedem de compreender totalmente ou completar uma rotina de higiene dentária;
– Pessoas com doenças da gengiva;
– Pessoas com maior risco de desenvolvimento de placa e tártaro (por exemplo, fumadores e diabéticos).
Prevenção
A melhor forma de evitar a formação de placa bacteriana e tártaro é adotar hábitos de higiene oral.
Para isso, seguem-se algumas regras importantes:
– Escove os dentes durante dois minutos, pelo menos duas vezes ao dia (idealmente, uma ao acordar e outra ao deitar, mas se possível também após as refeições);
– Se possível, utilize uma escova de dentes elétrica;
– Escolha uma pasta de dentes para controlo do tártaro com flúor;
– Use fio dentário, pelo menos uma vez por dia;
– Utilize diariamente um antisséptico bucal para ajudar a eliminar as bactérias que causam a placa bacteriana;
– Consulte o dentista com regularidade;
– Pode realizar um tratamento com flúor, para prevenir o crescimento de bactérias da placa bacteriana e a acumulação de tártaro nos dentes;
– Não fume cigarros ou outros produtos do tabaco;
– Beba água durante as refeições.
Além destas preocupações de prevenção, deverá também prestar atenção à sua dieta alimentar, pois as bactérias proliferam nos alimentos açucarados e amiláceos (que são fontes de amido).
Além disso, quando são expostas a este tipo de alimentos, libertam ácidos nocivos.
Apenas para ter uma ideia, existem cerca de 700 espécies de bactérias a viver na nossa boca!
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