A placa bacteriana é aderente e incolor, não devendo ser confundida com o tártaro, mas é, na realidade, o precursor deste.
Em outras palavras, se a placa bacteriana não for removida diariamente, acaba por transformar-se em tártaro.
Placa bacteriana: como se forma
A placa bacteriana não possui cor, mas é visível, apresentando-se com um aspeto aderente e uma consistência gelatinosa.
Esta forma-se a partir de resíduos alimentares onde as bactérias, naturalmente presentes no nosso organismo e principalmente na boca, se desenvolvem, acumulando-se quando não existe uma escovagem regular e eficaz.
A ingestão de alimentos ricos em açúcar e amido facilita o desenvolvimento da placa bacteriana, uma vez que as bactérias proliferam mais facilmente nesses tipos de alimentos.
Na ausência de uma adequada higiene oral, a placa bacteriana, em contacto com a saliva, pode transformar-se em tártaro, resultando no endurecimento da placa.
O tártaro, uma camada mais escura, geralmente amarelada, fixa-se e acumula-se junto às gengivas, dificultando a lavagem dos dentes.
Consequências da placa bacteriana
A ação das bactérias em contacto com os restos de alimentos resulta na produção de ácidos que afetam o esmalte dos dentes, levando ao surgimento de cáries, além da já mencionada formação de tártaro.
A formação da placa bacteriana pode também contribuir para o aparecimento de halitose, gengivite e periodontite, condições que podem levar até à perda de dentes.
Além disso, a placa bacteriana pode formar-se entre o dente e a gengiva, provocando a quebra do osso que sustenta o dente.
Como evitar a formação da placa bacteriana
Para prevenir a formação de placa bacteriana, é importante:
– Escovar bem os dentes pelo menos três vezes ao dia, especialmente meia hora após as refeições;
– Utilizar fio dentário para remover os resíduos alimentares entre os dentes e entre os dentes e as gengivas, áreas onde a placa bacteriana tende a acumular-se;
– Optar por uma escova elétrica ou uma escova de cerdas suaves com cabeça pequena para alcançar eficazmente as zonas entre o dente e a gengiva; A escova deve ser substituída a cada três a seis meses;
– Concluir a higiene oral com a utilização de um elixir dentário.
É fundamental reduzir o consumo de alimentos açucarados e ricos em amido, como caramelos, pasta de açúcar ou outros alimentos que possam ficar presos nos dentes;
Agendar consultas regulares com o dentista para verificar possíveis problemas e realizar limpezas;
O recurso a um selante dentário pode ser uma opção para proteger contra os efeitos da placa bacteriana. Consulte o seu dentista para avaliar a viabilidade no seu caso;
Reduzir o número de lanches entre as refeições e adotar uma dieta equilibrada são medidas importantes para a prevenção da placa bacteriana. Nos lanches, opte por alimentos saudáveis que auxiliem na higienização da boca, como iogurte natural, frutas e legumes crus, que contribuem para a neutralização dos ácidos causadores da placa bacteriana.
A placa bacteriana e a doença das gengivas
A placa bacteriana é uma das principais causas do desenvolvimento da doença das gengivas. A ação dos ácidos produzidos pelas bactérias em contacto com os resíduos alimentares destrói o esmalte dentário, originando cáries.
Adicionalmente, as toxinas produzidas pelas bactérias levam à inflamação e sangramento das gengivas.
O acumular da placa bacteriana entre os dentes e as gengivas também enfraquece o osso de suporte dos dentes, podendo levar à quebra e, em casos extremos, à perda dos dentes.
Além destes cuidados, é crucial realizar consultas periódicas com o dentista para detetar precocemente quaisquer alterações ou problemas.